10.11.08

Não há guarda-chuva

contra o tempo,

rio fluindo sob a casa, correnteza

carregando os dias, os cabelos.

João Cabral de Melo Neto

9 comentários:

lula eurico disse...

Panta rei! gritava Heráclito pelas ruas de Éfeso. Panta rei! O tempo é um rio que passa. Mas João Cabral escondeu, poéticamente, o rio-tempo sob a casa. Meu Deus! Que sensação de habitar num corpo provisório e breve. Sensação de ser a casa cabralina e de que há sob mim um rio que carrega os dias...
Salve, Jacinta. Uma postagem curta, mas muito densa. Faz pensar...
Abraço e muita paz.

Dauri Batisti disse...

A Lyanni também postou hoje um trecho de um poema do João cabral De Melo Neto. Valorização certa.

O comentário do Eurico valoriza ainda mais.

Anônimo disse...

o trecho me fez lembrar que somos casa e que a qualquer momento uma tempestade passa e carrega o telhado, as paredes e deixa apenas os escombros. Então a gente decide se recomeça ou se entrega. Delícia ler João Cabral. Abraços meus

Eu disse...

Olá Jacinta... bom dia!
Confesso que estava sentindo falta de estar visitando vocês e colhendo os bons ventos que cada cantinho sopra em mim...
Te deixo meu enorme carinho!
Beijinhos

Elcio Tuiribepi disse...

Como o Eurico disse, uma postagem curta, mas ao mesmo tempo muito extensa e intensa em seus dizeres...ótima escolha...boa terça para você...bjo

Lua em Libra disse...

Linda nova capa deste jardim, querida. Parabéns a ti e à Aline.

Boa semana

Anônimo disse...

Ler João Cabral e ler o comentario do Eurico me faz pensar nesta minha grande pretensão: ser rio!
Mas... fazer o quê? Sou pretensiosa, né? rs... Que seja rio-tempo ou simplesmente água a umedecer os olhos!!!rs
Beijocas, querida

Katia De Carli disse...

Minha amiga
Domingo a chuva correu foi dentro da minha casa... que coisa!
Ainda bem que era água limpa, de chuva mesmo, daí passou limpando e levando as energias ruins... e molhando caixas de livros, estantes, caixas de Lps, etc...
E haja braço para tirar tanta água!
beijo e luz

Francisco Sobreira disse...

Que bom, Jacinta: quando não são os seus poemas em prosa, são os dos outros. De forma que aqui sempre estamos nos nutrindo de poesia. Um beijo.