Sou nada, sou tudo. Sou cheiro, sou água, Sou terra molhada. Do todo, Sou um pedaço, curtido pelo tempo que se renova e se recria. Sou Mulher, irmã da lua, filha da terra que me faz Ser. Sou corpo, morada do universo, morrendo e renascendo, e quando não mais for, ainda assim continuarei a ser em suas entranhas. Sou imagem, perfume e leveza do barro e do sopro que me constitui. Faço-me Terra, enamorada do sol que se reluz molhada: terra que se faz linda, fecunda, prenhe da imensidão em forma feminina, geradora de vidas vividas em seu seio, solo de lutas e disputas, ambição, servidão, Redenção. E para Ela, Gaia mãe, guardiã das vidas que ainda virão, retornarei. Agora, não mais sou, Somos, Ela e eu, o que nos torna planta-animais-humanos. Somos Terra.
Revisitando meus escritos.
JacintaDantas
JacintaDantas
10 comentários:
Então - somos. E eu gostaria de ter escrito esta revisitação.
bjos e boa semana.
Jacinta, muito bela essa compreensão do ser. De se ver. De se sentir.
Você está no blog entrelaços?
abraço
Jacinta;
Tu foste, tu és, tu serás,... é a lei da vida, da existência e da sobrevivência humana.
Belo, como sempre, o que nos ofereces no teu espaço.
bjs.
Osvaldo
Oi, minha amiga Jacinta
Que texto mais poético!!!
E que ritmo!!!
Bjs
Oi Jacinta.
Bonita, sensível e inspirada poesia em prosa. Você foi, é e será. Sempre.
Beijo.
Sintonia! Pura com a mãe Terra, unida em alma e corpo. Estava com saudades de suas letras completas de alma...
Beijo!
Que mergulho!
Belissimo!
...ainda não!
és produto
de tua própria sucata
és produto elaborado
de ti mesma
és continente
deixe tudo mais
pra depois...
bj
Olá Jacinta
Deixo-lhe um beijo de PARABÉNS, com desejos de muita felicidade.
(Embora não a leia jamais a esqueci)
António
Ah, Jacinta... Agora, ao ler sua belíssima prosa, cheguei a sentir o coração de Mãe Gaia pulsando de alegria! Obrigada por este momento, querida amiga.
Beijos, com carinho.
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