OLHARES
Nas doze badaladas ela sabe que o olhar será inevitável, mas nunca tem certeza se será um bom ou um mau encontro. Insegura, sabe que só tem uma porta para passar e nela ele estará. Não há escapatória. Então ela vai sem saber como agir. Apenas vai, passa, arrisca um sorriso, e ele, com sua oscilação constante de humor, nem a percebe, muito menos percebe o sorriso. Todos os dias foram assim, o sino dizendo bem bom, só o sino, durante 12 dias seguidos. Ela desiste do sorriso e some. Muito tempo depois, no mesmo ritmo que insiste... bem bom, ela retorna. Para evitar o desencontro, chega mais cedo e não precisa arriscar um sorriso, pois à porta não há ninguém à espera dele. Entra, senta-se e fica ali, sem nada esperar. De repente ela o percebe, indo em sua direção, transbordando em contentamento. Elegante, bonito, aproxima-se dela, beija-lhe as mãos e a face, fazendo festa com sua presença, e se afasta, todo feliz, depois de dizer-lhe: Estava com saudade, você sumiu... E ela sem reação, ouve só o silêncio que lhe diz: que olhar perdido! numa hora nada enxerga; noutra enxerga demais. Como será na próxima descida?
Nas doze badaladas ela sabe que o olhar será inevitável, mas nunca tem certeza se será um bom ou um mau encontro. Insegura, sabe que só tem uma porta para passar e nela ele estará. Não há escapatória. Então ela vai sem saber como agir. Apenas vai, passa, arrisca um sorriso, e ele, com sua oscilação constante de humor, nem a percebe, muito menos percebe o sorriso. Todos os dias foram assim, o sino dizendo bem bom, só o sino, durante 12 dias seguidos. Ela desiste do sorriso e some. Muito tempo depois, no mesmo ritmo que insiste... bem bom, ela retorna. Para evitar o desencontro, chega mais cedo e não precisa arriscar um sorriso, pois à porta não há ninguém à espera dele. Entra, senta-se e fica ali, sem nada esperar. De repente ela o percebe, indo em sua direção, transbordando em contentamento. Elegante, bonito, aproxima-se dela, beija-lhe as mãos e a face, fazendo festa com sua presença, e se afasta, todo feliz, depois de dizer-lhe: Estava com saudade, você sumiu... E ela sem reação, ouve só o silêncio que lhe diz: que olhar perdido! numa hora nada enxerga; noutra enxerga demais. Como será na próxima descida?
20 comentários:
Olá, gostei muito de seu blog.
O meu tá precisando de visitas e comentários.
Passe lá e comenta.
Abraço,
RaíssaCards.
Olha quem fala em bela descrição... Fiz uma viagem com o seu texto Jacinta. Parabéns.
(Obrigada pelo coment no "Pequeno Milagre". Já coloquei lá a minha resposta).
Um beijo grande da Joice!
Olá Jacinta querida! Seu texto reflexivo me fez viajar pelas mágicas e enigmáticas doze badaladas das histórias de fadas, o que me ajudou a confirmar o quanto temos de fantasia real em nossas vidas. A relação com o tempo e o amor... Fantástico! Beijos.
Oi, Jacinta!
Lindo este texto. Parabéns!
Gostei de seu blog, vou anexá-lo aos meus favoritos. Olhe, se quiseres conhecer meu baú... Seja bem-vinda!
bj
Ilaine
Jacinta!
Lindo, aguardo os próximos encontros, eles prometem...
Passei para retribuir a visita e avisar-te que te linkei em meu blog, beijos!
Muito legal o texto.
Grandes expectativas, e quando n�o se espera mais... n�o � que acontece...rs
Bj
Jacinta, eu vim lendo em voz alta, me deliciando com sua escrita! Quando cheguei ao final foi inevitável rir dos olhares dele!:-) Vc é ótima! Parabéns mesmo! Beijos. Bom finzinho de domingo e uma semana muito feliz!
Excelente! Estou na expectativa da próxima descida!
Ótima semana!!
Beijos e flores!!
ai, até imaginei as cenas... lindo, Jacinta!
* presentinho pra ti no meu blog.
Bjs.
;)
Jacinta!
Ah! Estas procuras perfeitas nas asas mágicas das fadas...
Beijos!
Obrigada pela visita lá no meu blog. Adorei.
Aqui continuarei com seus "Olhares", que são belos...
Bj
Ilaine
Fiquei curiosa pela próxima descida...rs...sem saber para que torçom acho que é para que os olhares se encontrem. rs
Bjos
Nossa, quer saber das próximas badaladas... Muito bom isso. Mais uma vez, né Jacinta, nos fazendo sempre querem mais e mais...
Bjo!
olá querida, tudo bem?
é sempre assim, estamos muito atentos ao que nos falta, não é?
um beijo e obrigado pela visita lá na germina.
Doze badaladas...doze dias...
e esses olhos que insistem em não ver.
Não tem como não recordar cinderela (vivo ensaiando essa estória com minha filha de 5 anos).
Para certas pessoas apenas a indiferença atrai o imã do olhar.
É isso amiga...
Abraços,
Jorge ELias
Me parece ter sido um ótimo olhar esse que ela recebeu, não?
Como é bom ter alguém à nossa espera...
Beijos, mocinha.
Perfeito, Jacinta. É assim mesmo...
Beijos pra você.
"que olhar perdido! numa hora nada enxerga; noutra enxerga demais. Como será na próxima descida? "
Isso é belíssimo!
beiJardins
:)
, como será? ela não sabe e vc?...
, agradecido pela visita em quimeras. volte quando desejar.
, beijos meus.
o sino como uma marco é um belo achado, e a interrogação final é a surpresa que a vida sempre nos reserva em nosso destino. excelente, Jacinta.
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