Ela apaziguara tão bem a vida, cuidara tanto para que esta não explodisse. Mantinha tudo em serena compreensão, separava uma pessoa das outras, as roupas eram claramente feitas para serem usadas e podia-se escolher pelo jornal o filme da noite - tudo feito de modo a que um dia se seguisse ao outro. E um cego mascando goma despedaçava tudo isso.
Clarice Lispector
10 comentários:
Ah,apaziguar a vida!Simples,não?Clarice sempre me causa inquietações.
Beijos,Jacinta!
Não me canso de ler e reler esse conto, e a cada leitura, uma nova emoção. É incrível o modo como a Clarice mexe com a gente!
Bjs
Oi Jacinta.
Por mais que tentemos, é impossível abolir o imprevisto do nosso cotidiano.
Coisas da vida.
Um beijo.
Não dá para ter tudo sob controle.
beijo
Querida amiga!
As palavras de Clarice sempre tão especiais e tocantes.
Jacinta, que tão belos os teus trabalhos artísticos. Adorei o colorido deles. Parabéns, linda menina!
Beijo
Clarice,
Sempre Clarice!
Beijo, Jacinta!
Jaci, há quanto tempo. Passei para saber de vc.
Um abraçamigo e muita paz!
adoro essas ironias...
Zelo demais faz mal, o melhor é deixar fluir controlando o que puder e se não puder, sorrir! Meu beijo.
Conheci um cego que percebia tudo ao redor. Sabia pelo cheiro quando uma mulher conhecida se aproximava. Sabia pelos traços da face, quando esta mulher estava alegre ou triste. Percebia a textura das coisas, percebia o agito dos dias...
Conheci um homem que não era cego que ele, não percebia nada ao redor, nada sentia, nada via.
Beijos, querida.
Estou com saudades de você.
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